Na atividade desportiva, as mudanças bruscas de direção e velocidade associadas a movimentos de grande amplitude aumentam o risco de lesões musculares.
As lesões musculares normalmente ocorrem por 3 tipos de ação:
- Contusão direta através de mecanismos traumáticos diretos (ex. pancada direta de um joelho do adversário, cotovelada)
- Estiramento brusco excessivo em contração (ex. receção de salto)Contrações musculares potentes com o músculo em estiramento (ex. sprint, impulsão de um salto).
O que acontece é a rotura de algumas fibras do músculo, podendo a lesão ser de maior ou menor extensão. Os músculos que apresentam maior predisposição para sofrer rotura, são ao nível do membro inferior, os gémeos, os músculos posteriores da coxa, o quadricípite (reto femural), e os adutores. No membro superior, o bicípite, o tricípite e o grande peitoral, embora menos frequente. No tronco os músculos abdominais.
Existe um conjunto de fatores que predispõem o atleta a lesão muscular:
- Encurtamentos musculares com alteração da relação força/flexibilidade do músculo;
- Desequilíbrios na relação comprimento/força entre músculos com atividades opostas, antagonistas;
- Situações de sobrecarga, de fadiga – local ou geral. Fadiga mental e neural;
- Condição física de base inadequada à exigência da atividade realizada;
- Equipamento de treino inadequado. Temperatura no local de treino ou competição;
- Preparação prévia insuficiente, vulgarmente chamado como aquecimento;
- Lesão muscular anterior no mesmo local;
- Distúrbios alimentares e hormonais;
- Nível de hidratação;
- Outras patologias existentes, com um foco infeciosos à distância (como é o caso de uma caries dentária, amigdalite) afetando o sistema imunitário de defesa.
O quadro clínico, sinais e sintomas, variam consoante a gravidade e extensão da lesão, assim como, a sua localização. As lesões são classificadas em três graus de gravidade. Grau I de menor gravidade e de grau III de maior gravidade.
Normalmente a dor surge com uma sensação do tipo “picada ou facada”, tem um inicio súbito e normalmente é bem localizada. A dor agrava com a contração e estiramento do músculo afetado e a sua palpação local. Quanto maior for a extensão da lesão maior será a incapacidade funcional. O edema e hematoma também variam conforme a gravidade da lesão, e podem demorar até dois dias para aparecerem. Nos casos mais graves, pode ser evidente uma deformação no ventre muscular que sofreu rotura.
No caso de lesões de menor gravidade, o atleta pode confundir a sintomatologia com uma situação de cansaço ou contratura muscular, podendo a mesma agravar posteriormente com a continuação da prática desportiva.
A Terapia PRICE, é a abordagem a ter numa primeira fase de lesão – fase inflamatória, assim como, o controlo de todos os fatores que predispõem o atleta a este tipo de lesão. A procura de um profissional de saúde para uma avaliação cuidada e diferenciada é fundamental. Atenção, nunca realize um alongamento muscular quando sofre uma rotura muscular. Em caso de dúvida, não faça nada e procure um profissional de saúde. P
Pode, no entanto, colocar o Thrombocid Gel em camada fina sobre a região da pele afetada, uma ou várias vezes por dia, friccionando ligeiramente.